As duas primeiras semanas
- 16 de nov. de 2018
- 3 min de leitura
Depois de todas as aventuras do primeiro dia, pude finalmente descansar e começar a apreciar os meus pequenotes. Foi um parto longo e a inexperiência causou-me bastante ansiedade. Mas, no final, o saldo foi bastante positivo! Tenho 6 delícias, que todos os dias se vêem crescer e desenvolver!
Durante a primeira semana, basicamente tudo o que faziam era dormir e comer. E como mamam!
De resto, era eu que fazia tudo: dava-lhes de mamar, lavava-os e estimulava-os a fazer o seu chichi e o seu cocó. Não sei se sabem, mas, quando nascem, os cachorros não conseguem fazer as suas necessidades sozinhos. Dependem totalmente de nós, mães, para isso. Por isso, a hora de mamar é uma hora muito atribulada! Não nos podemos esquecer de nenhum! E lavá-los também é muito importante! E não é só uma questão de higiene. Ao cobri-los com a minha saliva, estou a transmitir-lhes uma mensagem muito importante: “Eu sou a vossa Mãe e este é o meu cheiro”. Se eu não fizer isto, os meus bebés não encontram o caminho para as minhas maminhas (que eu também cubro de saliva) e podem morrer. É como se eu fizesse um rasto de saliva que eles seguem para mamar. Para além do seu papel na alimentação, a amamentação também serve para fortalecer a ligação entre nós.
Quando os cachorros nascem, o seu cérebro ainda está muito pouco desenvolvido e, por isso, há muitas coisas que ainda não conseguem fazer. Por exemplo, não vêem e não ouvem. Por isso, dependem totalmente do olfacto e do tacto, que, mesmo assim, ainda não estão totalmente desenvolvidos.
Outra função importante que temos, é manter os bebés quentes, pois, nesta fase, também ainda não têm capacidade para regular a temperatura dos seus corpinhos.
Como vêem, nestas primeiras semanas, o meu papel é muito importante! Os meus bebés dependem totalmente de mim. A forma como eu os tratar pode ter muitas implicações para o seu futuro.
Como podem ver nas fotografias, os cachorros nascem com umas cabecinhas redondinhas e bochechudos e movem-se, arrastando-se, ao acaso. E são estas características que desencadeiam em nós, cadelas, o comportamento maternal e nos fazem reconhecer esses seres que nunca vimos como os nossos bebés. Mas claro que as hormonas também são importantes! Principalmente antes do nascimento. São elas que nos fazem, sem sabermos sequer que estamos grávidas, começar a preparar o parto.
Na segunda semana, foi vê-los evoluir! No final da segunda semana abriram os olhinhos!! E todo um novo Mundo se começou a abrir para eles!
Os meus bebés começaram a querer andar! Embora muito cambaleantes, deixaram de rastejar e começaram a dar os primeiros passinhos (e muitas quedas!).
O vocabulário deles também aumentou. Se até essa altura só gemiam (ou miavam, como a Dona dizia), começaram a dar os primeiros latidos e até a uivar!! E também começaram a interagir uns com os outros, a lamberem-se, morderem-se e até a rosnar!... E haviam de os ver a dar à caudinha!
Eu sei que os psicólogos caninos que estiverem a ler isto não vão acreditar... Mas os meus meninos estão mesmo muito desenvolvidos! A Dona, que também é psicóloga canina, também anda espantadíssima!! (e até já fala em reescrever os manuais de desenvolvimento cognitivo dos cachorros... seja lá o que isso for!)
E como se todas estas “avarias” não chegassem, também começaram a fazer chichi e cocó sozinhos!!!... São ou não são o máximo???!!!
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