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E a coisa deu-se...

  • Lili
  • 1 de fev. de 2019
  • 3 min de leitura

Tenho uma casa nova! Deixei o meu quartinho e fui viver com o Zizu, num quarto imenso com uma grande janela, por onde entra o sol e posso ver o mundo!


Nos últimos meses a minha vida mudou imenso! De tanto ver o Zizu brincar e a divertir-se com a Dona, comecei a querer também experimentar. À noite, a Dona trazia uma caninha com penas na ponta e o Zizu deliciava-se a saltar a tentar apanhar as penas.


E eu ficava roída a vê-los brincar! A Dona percebeu que a caninha me estava a chamar a atenção e decidiu começar a desafiar-me para brincar. De início foi difícil, para mim, vencer o medo.



Mas como havia toda uma cana entre mim e as mãos da Dona, acabei por me render... E fartei-me de me divertir!!!! E também comecei a perceber que, afinal, a Dona, e as mãos da Dona não eram assim tão ameaçadoras. Até podiam ser divertidas! E a Dona ia-me sempre trazendo brinquedos novos! Um dia até nos construiu um caixote-túnel, com furinhos, para eu brincar com o Zizu!


E com o tempo, no meio de tanta brincadeira, dei por mim a aproximar-me cada vez mais da Dona. A Dona apercebeu-se desta minha maior proximidade e elevou-me a fasquia. E, à noite, quando me dava o bom, deixou de usar a caninha... Primeiro usou uma colherzinha e só me dava o bom depois de eu o lamber na colher, e, mais tarde, quando me viu confortável com esta situação, começou a dar-me o bom com as mãos... Esta etapa foi mais assustadora, mas fomos devagarinho. Primeiro a Dona só usava as mãos para poisar o bom ao pé das minhas patas e depois ficava a ver-me comer. Quando eu relaxei, passou a dar-me o bom nas mãos... E eu tinha que o lamber nas mãos dela antes de ela o poisar para eu o comer... E, no final, já me “obrigava” a comer o bom das mãos dela... E a verdade é que fui relaxando e perdendo o medo. Nunca mais bufei à Dona. Comecei a sentir-me mais segura e já fazia umas passagens junto às pernas da Dona e a Dona começou a aproveitar-se e a roubar-me umas festas à socapa... Eu não dei logo o braço a torcer, mas aquelas festas até me sabiam bem! Por isso, fui criando mais situações e deixando que estes “acidentes” acontecessem cada vez com maior frequência...


À medida que fui perdendo o medo, a minha curiosidade sobre o mundo lá fora foi ganhando terreno... Eu via o Zizu entrar e sair do quarto e tinha cada vez mais curiosidade em ir ver por onde ele andava... Por isso, no final do ano, tomei uma decisão: a minha vida ia mudar e eu ia ser forte e arranjar coragem para ir conhecer o mundo! E no dia 31 de Dezembro lancei-me à aventura! A Dona abriu a porta do meu quartinho para o Zizu entrar e nos deixar a ceia de fim de ano, e eu escapuli-me para o quarto ao lado, onde costumava ouvir o Zizu a brincar! Agora vivemos os dois neste quarto imenso cheio de brinquedos! Os meus, que a Dona trouxe do meu quartinho, e os dele!



Estou a adorar esta nova vida! E descobri que, afinal, ADORO a minha Dona. Por isso, quando ela vem para o pé de nós, eu já não quero saber do Zizu, dos bons, da comida, da brincadeira para nada! Só quero a minha Dona! Ligo o motor e vou para o mimo! Já subo para o colo dela (tão quentinho!), já lhe dou beijinhos e já a deixo dar-me beijinhos... Sempre a ronronar para lhe mostrar como estou satisfeita! E até já a deixei pegar-me ao colo!!!


A Dona diz que um destes dias me deixa ir conhecer o resto da casa... Não vejo a hora!




 
 
 

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